Agrotins 22 é vitrine de cadeias produtivas para atender o mercado consumidor


Na 22ª edição da Feira de Tecnologia Agropecuária do Tocantins (Agrotins 2022), até o próximo sábado, 14, os produtores rurais têm acesso a uma grande área preparada pelos técnicos do Instituto de Desenvolvimento Rural do Tocantins (Ruraltins) com vitrines tecnológicas voltadas para atender as demandas do mercado consumidor da Capital e do interior do Estado, com a otimização de recursos. 

Uma das vitrines é a estufa agrícola para cultivo protegido, com apresentação dos sistemas de hidroponia e aquaponia, que é a produção de peixes e hortaliças no mesmo espaço, além da produção de manivas de mandioca e mudas florestais. Com 18 metros de comprimento, a estufa agrícola foi implantada por meio de parcerias com as empresas Maxiaço Estufas Agrícolas e a Ginegar, uma empresa israelense voltada à produção de alimentos em ambientes protegidos.

“A ideia nossa no Tocantins é auxiliar o produtor, tecnificando e mostrando tecnologias seguras de produção. Neste caso, a estufa tem por objetivo proporcionar um ambiente controlado tanto na questão de ventilação quanto no controle de temperatura, utilizando estruturas capazes de suportar grandes incidências de ventos no sentido de proporcionar segurança e crescimento da produção, além de evitar a entrada de insetos no ambiente produtivo. No Tocantins, onde o calor é predominante, conseguimos trabalhar bem. Enquanto no ambiente externo a temperatura chega a 38 graus, dentro da estufa com as tecnologias que estamos apresentando, conseguimos uma diminuição de 10 a 12 graus na temperatura. Com isso, o produtor consegue ter uma alta produtividade com ciclos mais curtos, produzindo mais em menos tempo uma variedade de alimentos de qualidade que atendam a demanda do mercado”, avalia o representante da Maxiaço no Tocantins, Thiago Moraes.

Potencial, dinâmicas produtivas e mercado

Segundo o diretor de Inovação, Ciência e Tecnologia do Ruraltins, Kin Gomides, a Agrotins 2022 abre novos horizontes para que os produtores entendam e vejam várias dinâmicas produtivas envolvendo sistemas e cadeias que mobilizam o meio rural, agregando valor social, econômico e ambiental.

“Em nossa área hoje, além da hidroponia e da aquaponia, por exemplo, temos o cultivo de maracujá, que tem uma demanda muito grande no Estado e com alto potencial. Temos o viveiro de mudas de mandioca, pupunha e árvores florestais. Estamos também com uma área de café robusta da Amazônia, pensando também no déficit mundial de 20 milhões de sacas; área de cultivos de açaí que está com demanda em alta e integrando ao cupuaçu. Apostamos também na baunilha do Cerrado em conjunto com essas culturas. Para a execução desse amplo projeto, realizamos um diagnóstico com a Central de Hortifrutigranjeiro de Palmas (Ceasa), como também nos mercados atacadistas, para saber qual a demanda em torno das principais cadeias produtivas que movimentam a economia local. Nesse sentido, para a Agrotins, baseamos nossa estrutura em um planejamento estratégico tanto no modelo de integração de culturas, mostrando como o produtor pode utilizar uma área menor, observando os impactos ambientais, como na demanda da Ceasa. Tudo isso, para que os produtores tenham alternativas diferenciadas de produção para gerarem renda em suas propriedades e ofertar produtos com valor agregado ao mercado consumidor”, observou o diretor Kin Gomides.

Na Agrotins 2022, o Ruraltins, em sua área de campo, traz ainda experiências sobre licenciamento ambiental; olericultura; meliponicultura; manejo sanitário na piscicultura - práticas e principais enfermidades; boas práticas de manejo; preparação e povoamento de viveiros; e cooperativismo na agricultura familiar. Além de unidades de banana e coco; banco de forrageiras com o capim BRS Kurumin e o BRS capiaçu voltado para a pecuária de leite e corte, bem como o Sisteminha Embrapa que alia a criação de peixes com a produção de alimentos.

Agrotins 2022

A Agrotins 2022, com o tema Integrar: Intensificar e Preservar, é uma realização do Governo do Tocantins, por meio da Seagro, da Agência de Defesa Agropecuária (Adapec), do Instituto de Desenvolvimento Rural do Tocantins (Ruraltins), da Fundação de Amparo à Pesquisa (Fapt) e da Tocantins Parcerias, em conjunto com empresas, instituições e órgãos públicos, de pesquisas e educacionais, entre outras.

Devido à pandemia causada pela covid-19, as duas últimas edições foram em formato digital, já este ano, a feira ocorre de modo presencial obedecendo todas as normas de segurança sanitária.

Na programação, voltada para o setor do agronegócio, estão palestras, workshops e seminários. Além disso, também tem exposição de maquinários, veículos, produtos e serviços.

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